Ainda um casulo em transformação, buscando ser a mais bela de todas as borboletas.
Ainda me abrindo, tirando uma casca, um corpo que já não é mais meu.

Descobrindo a beleza de um mundo que sei que pertenço, mais me foi tirado por algum motivo, e hoje esta me sendo entregue novamente.

De alguma forma durante um tempo me perdi, e vivi em um mundo que não me completava, me deixava vazia, sem chão.

E hoje aos seus pés descubro que existi antes do SR, não vivia, descubro que aos seus pés é meu lugar.

Da ferida a dor; Da modéstia o pudor; E as lágrimas?Essas... Simplesmente caem!Da vida o valor; Da solidão o pavor; E a inocência... Essa! Não volta mais.

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.